SMAR TT400SIS Manual do usuário

Tipo
Manual do usuário
Introdução
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INTRODUÇÃO
NOTA
O TT400 HART®
SIS possui a tampa da carcaça na cor vermelha para se diferenciar dos demais
modelos da linha 400.
O TT400 HART® SIS é um Transmissor de Temperatura Inteligente com saída analógica 4-20 mA e
protocolo HART® e foi desenvolvido para aplicações em Sistemas Instrumentados de Segurança
(SIS). Este transmissor usa uma plataforma baseada em HCS12, que é um microcontrolador de 16
bits, permitindo um diagnóstico completo de possíveis falhas na corrente de saída. Além disso, é
certificado pela TÜV para uso em aplicações SIL 2 (não-redundante) e SIL 3 (redundante).
O TT400 HART® SIS foi projetado para medir a temperatura usando termopares ou RTDs, porém
outros sensores com saídas de resistência ou mV, tais como pirômetros, células de carga,
indicadores resistivos de posição, etc, podem ser usados com ele. A tecnologia digital usada no
TT400 HART® SIS permite a escolha de várias funções de saída, um interfaceamento fácil entre o
campo e a sala de controle e outras características interessantes, que reduzem consideravelmente
os custos de instalação, operação e manutenção.
O TT400 HART® SIS, além das funções normais oferecidas por outros transmissores inteligentes,
oferece ainda as seguintes funções:
SENSOR BACKUP: a medida da variável do processo é realizada por dois sensores, mas somente
um fornece a temperatura. Se ele falhar o outro assume a medição.
SELETOR DE ENTRADA: a seleção do sensor para obter a medida é configurada pelo usuário
baseadas nas condições de temperatura máxima, mínima ou média do sensor.
CALLENDER VAN DUSEN: permite uma linearização precisa do sensor RTD baseada nas
constantes A, B, C e R0.
SENHA: permite três níveis de configuração para diferentes funções.
CONTADOR DE ALTERAÇÕES: indica os números de alterações de cada função.
LOGGED EVENT: indica quando as mudanças foram feitas.
DIAGNÓSTICO: informa se o equipamento está com algum problema.
Leia cuidadosamente estas instruções para obter o máximo aproveitamento do TT400 HART®
SIS.
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
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Siglas e
Abreviações
Designação
Descrição
HFT
Tolerância de
Falha no
Hardware
É a tolerância de falha no hardware do dispositivo.
Esta é
uma medida da capacidade de uma unidade
funcional continuar a execução da função exigida no
caso de falhas ou desvios.
MTBF
Tempo Médio
entre Falhas
É a média do período de tempo entre duas falhas.
MTTR
Tempo Médio
para Reparo
É a média do período de tempo entre a ocorrência da
falha no dispositivo ou no sistema e seu tempo de
reparo.
PFD
Probabilidade
de Falha na
Demanda
É a probabilidade de ocorrência de uma falha perigosa
na função de segurança na demanda.
PFD
AVG
Probabilidade
Média de Falha
É a probabilidade média de ocorrência de uma falha
perigosa na função de segurança.
SIL
Nível de
Integridade de
Segurança
O Padrão Internacional IEC 61508 especifica quatro
discretos Níveis de Integridade de Segurança (SIL 1 a
SIL 4). Cada nível corresponde a uma faixa de
probabilidade específica relativo à falha na função de
segurança. Quanto maior o nível de integridade nos
sistemas de segurança, menor a possibilidade de as
funções de segurança não serem executadas.
SFF
Fração de Falha
Segura
A fração de falhas não-perigosas, por exemplo, a fração
de falhas sem potencial para fixar o sistema em um
estado de perigo não detectado.
Low Demand
Mode
Low Demand
Mode of
Operation
Modo de medição com taxa baixa de demanda, em que
a taxa de demanda para sistema relativamente seguro
não ocorre mais que uma vez ao ano e não é maior que
o dobro da frequência do teste periódico.
DTM
Device Type
Manager
O DTM é um software que disponibiliza funções de
acesso aos parâmetros dos equipamentos,
configuração e operação dos equipamentos e
diagnóstico de problemas. Por suas características, o
DTM não é um software executável.
LRV
Configuração do
Dispositivo
Valor da Faixa Inferior da faixa de medição.
URV
Configuração do
Dispositivo
Valor da Faixa Superior da faixa de medição.
Multidrop
Multdrop Mode
No modo multidrop, até 15 equipamentos podem ser
conectados em paralelo no mesmo par de cabos
simples. O sinal de
corrente analógica energiza os
Equipamentos a 2-fios fixando a corrente em 4 mA.
Índice
5
NOTA
Este Manual é compatível com as Versões 1.XX, onde 1 indica a Versão do
software e XX indica o "RELEASE". Portanto, o Manual é compatível com todos os
"RELEASES" da versão 1.
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
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Índice
7
ÍNDICE
SEÇÃO 1 - INSTALAÇÃO 1.1
GERAL 1.1
MONTAGEM 1.2
LIGAÇÃO ELÉTRICA 1.2
SEÇÃO 2 - OPERAÇÃO 2.1
DESCRIÇÃO FUNCIONAL - CIRCUITO 2.1
SENSORES DE TEMPERATURA 2.2
TERMOPARES 2.2
TERMORESISTÊNCIAS (RTDS) 2.2
DISPLAY 2.4
MONITORAÇÃO 2.4
SEÇÃO 3 - CONFIGURAÇÃO 3.1
CONFIGURANDO O TT400 HART® SIS 3.2
MODOS DE OPERAÇÃO 3.2
RECURSOS DE CONFIGURAÇÃO 3.3
ÁRVORE DE PROGRAMAÇÃO 3.3
IDENTIFICAÇÃO E DADOS DE FABRICAÇÃO - INFORMAÇÃO 3.3
TRIM 3.4
CONFIGURAÇÃO - CONF 3.4
LCD 3.4
BURNOUT 3.5
DAMPING 3.5
FAIXA DE CALIBRAÇÃO SEM REFERÊNCIA 3.5
FAIXA DE CALIBRAÇÃO COM REFERÊNCIA 3.5
SENSOR ÚNICO 3.5
SENSOR DUPLO 3.6
JUNTA FRIA 3.6
UNIDADE 3.6
MANUTENÇÃO - MANUT 3.6
MONITORAÇÃO MONIT 3.7
SEÇÃO 4 - MANUTENÇÃO 4.1
GERAL 4.1
DIAGNÓSTICO COM O CONFIGURADOR SMAR 4.1
MENSAGENS DE ERRO 4.1
DIAGNÓSTICO COM O CONFIGURADOR 4.1
DIAGNÓSTICO COM DISPLAY 4.2
PROCEDIMENTO DE DESMONTAGEM 4.2
PROCEDIMENTO DE MONTAGEM 4.3
INTERCAMBIABILIDADE 4.3
RETORNO DE MATERIAL 4.3
TEMPO DE VIDA DO TRANSMISSOR 4.6
SEÇÃO 5 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 5.1
CÓDIGO DE PEDIDO 5.4
SEÇÃO 6 - SISTEMAS INSTRUMENTADOS DE SEGURANÇA (SIS) 6.1
PADRÕES DE SEGURANÇA 6.1
PADRÕES DE APLICAÇÃO 6.2
FUNÇÃO DE SEGURANÇA 6.2
PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE SEGURANÇA 6.3
APÊNDICE A - INFORMAÇÃO SOBRE CERTIFICAÇÃO A.1
LOCAL DE FABRICAÇÃO APROVADO A.1
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE ÁREAS CLASSIFICADAS A.1
CERTIFICAÇÕES PARA ÁREAS CLASSIFICADAS A.2
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
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PLAQUETAS DE IDENTIFICAÇÃO A.3
APÊNDICE B FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE REVISÃO B.1
Fluxograma de Instalação
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Fluxograma de Instalação
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
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Seção 1
1.1
INSTALAÇÃO
Geral
A precisão global de uma medida de temperatura epende de muitas variáveis. Embora o transmissor
tenha um desempenho de alto nível, uma instalação adequada é necessária para aproveitar ao
máximo os benefícios oferecidos.
De todos os fatores que podem afetar a precisão do transmissor, as condições ambientais são as
mais difíceis de controlar. Entretanto, há maneiras de se reduzir os efeitos da temperatura, umidade
e vibração.
Os efeitos devido a mudanças de temperatura podem ser minimizados montando-se o transmissor
em áreas protegidas de grandes mudanças ambientais.
Em ambientes quentes, o transmissor deve ser instalado de forma a evitar ao máximo a exposição
aos raios solares. Deve ser evitada a instalação próxima a linhas ou vasos sujeitos a alta temperatura.
Para medidas de temperaturas, os sensores com dissipadores podem ser usados ou o sensor pode
ser montado separado da carcaça do transmissor. Quando necessário, o uso de isolação térmica
para proteger o transmissor de fontes de calor deve ser considerado.
A umidade é inimiga dos circuitos eletrônicos. Em áreas com altos índices de umidade deve-se
certificar da correta colocação dos anéis de vedação das tampas da carcaça. Procure evitar a retirada
das tampas da carcaça no campo, pois cada retirada introduz mais umidade nos circuitos. O circuito
eletrônico é revestido com um verniz à prova de umidade, mas exposições constantes podem
comprometer esta proteção. Também é importante manter estas tampas fechadas, pois cada vez
que elas são removidas, o meio corrosivo pode atacar as roscas da carcaça já que nesta parte não
existe a proteção da pintura. Use vedante não-endurecível nas conexões elétricas para evitar a
penetração de umidade.
Erros na medição podem ser amenizados conectando o sensor tão próximo ao transmissor quanto
possível e usando fios apropriados (veja Seção 2, Operação).
ATENÇÃO
Não remover a graxa das tampas pois pode ocorrer um travamento na carcaça.
ATENÇÃO
O projeto de SIS deve ser realizado por um profissional devidamente autorizado pela Smar
e qualificado para este tipo de trabalho.
ATENÇÃO
Falhas de causa comum, randômica e frequente não devem danificar o equipamento ou resultar
em mortes e ferimentos sérios, prejudicar o meio-ambiente ou os equipamentos e resultar em
perda de produção ou equipamentos.
ATENÇÃO
Choque elétrico pode resultar em mortes e ferimentos sérios.
ATENÇÃO
Para melhor desempenho de leitura, a instalação o deve apresentar problemas de degradação
no sinal 4-20 mA. Para detecção deste problema, o operador deve sempre se certificar de que a
corrente emitida é a mesma lida pelo PLC.
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
1.2
Montagem
O transmissor pode ser montado basicamente de dois modos:
Separado do sensor, usando braçadeira de montagem opcional;
Acoplado ao sensor.
Usando a braçadeira, a montagem pode ser feita em várias posições, como mostra a Figura 1.1.
Uma das entradas do eletroduto para conexão elétrica é usada para montar o sensor integralmente
ao transmissor de temperatura (veja Figura 1.1).
Para uma visibilidade melhor, o indicador digital pode ser rotacionado em passos de 90 (veja Seção
5, Manutenção).
Para acessar o display e a placa principal, remova a tampa com visor. Essa tampa pode ser travada
pelo parafuso de trava da tampa. Para soltar a tampa, rotacione o parafuso de trava no sentido
horário. Veja a Figura1.2.
Ligação Elétrica
Para acessar o bloco de ligação, remova a Tampa de Conexão Elétrica.Esta tampa pode ser travada
usando-se o Parafuso de Trava da Tampa. Veja a Figura 1.3.
Figura 1.1 - Desenho Dimensional e Posições de Montagem
Instalação
1.3
(a) (b)
Figura 1.2 (a) Trava da Tampa do Display (b) Parafuso da Trava dos Terminais
O acesso dos cabos de sinal aos terminais de ligação pode ser feito por uma das passagens na
carcaça, que podem ser conectadas a um eletroduto ou prensa-cabo. As roscas dos eletrodutos
devem ser vedadas conforme método de vedação requerido pela área.
A passagem não utilizada deve ser vedada apropriadamente.
A Figura 1.3, mostra a correta instalação do eletroduto para evitar a penetração de água ou outras
substâncias no interior da carcaça que possa causar problemas de funcionamento.
Figura 1.3 - Diagrama de Instalação do Eletroduto
O acesso aos cabos de conexão elétrica é obtido por uma das duas saídas de canal. As roscas das
saída da carcaça devem ser vedadas de acordo com métodos de vedação aprovados para cada
área.
Os bornes na parte superior marcados com ( + ) e ( ) recebem a alimentação de 12 a 55 Vdc. Os
bornes inferiores marcados com os números de 1 a 4 servem para as conexões dos diferentes tipos
de sensores.
Por conveniência, há três terminais de terra: um do lado interno e dois externos, localizados próximo
às entradas dos eletrodutos. Veja Figura 1.4.
Os Terminais de Teste permitem medir a corrente na malha de 4 a 20 mA, sem abri-la, e o Terminal
de Comunicação, comunicar com o transmissor. Para a medição da corrente, deve-se conectar um
miliamperímetro entre os terminais -e “+” de TEST. No caso da comunicação com o TT400 HART®
SIS, deve-se conectar um configurador HART entre os terminais “+” e -do COMM. Veja os terminais
na Figura 1.4.
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
1.4
Figura 1.4 - Terminais de Terra
Para alimentação é recomendável o uso de cabos tipo "par trançado" de 22 AWG de bitola ou maior.
AVISO
Não conecte a fonte de alimentação aos terminais do sensor (Terminais 1, 2, 3 e 4).
Evite o encaminhamento da fiação de sinal por rotas onde houver cabos de potência ou comutadores
elétricos.
O TT400 HART® SIS é protegido contra alimentação reversa. Sua conexão, operando como
transmissor, deve ser realizada como na Figura 1.5.
ATENÇÃO
Para uma operação adequada, o configurador exige uma carga mínima de 250 entre ele e a
fonte de alimentação.
Figura 1.5 - Diagrama de Ligação do TT400 HART® SIS
O configurador pode ser conectado aos terminais de comunicação do transmissor ou em qualquer
ponto da linha usando a interface com garra jacaré.
Se o cabo for blindado, recomenda-se o aterramento em apenas uma das extremidades. A
extremidade não aterrada deve ser cuidadosamente isolada.
NOTA
Certifique se o transmissor está operando dentro da área de operação como mostrado no
diagrama de carga (Figura 1.6). A comunicação requer uma carga mínima de 250 Ohms.
Instalação
1.5
Figura 1.6 - Reta de Carga
O sensor deve ser conectado conforme a Figura 1.7.
ATENÇÃO
Quando em operação com dois sensors, o aterramento não deve ser feito nos dois. Pelo menos
um não deve ser aterrado para que se tenha um bom funcionamento do TT400 HART® SIS.
Figura 1.7 - Ligação do Sensor
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
1.6
Seção 2
2.1
OPERAÇÃO
O TT400 HART® SIS aceita sinais de geradores de mV (termopares) ou sensores resistivos (RTDs).
Para isso é necessário que o sinal esteja dentro da faixa de entrada. Para mV, a faixa é de -50 a 500
mV e para a resistência, 0 a 2000 Ohms.
Descrição Funcional - Circuito
Refira-se ao diagrama de bloco (Figura 2.1).
Figura 2.1 - Diagrama de Bloco do TT400 SIS
Condicionador do Sinal
Sua função é aplicar o ganho correto aos sinais de entrada para fazê-los adaptarem ao conversor
A/D.
Conversor A/D
O conversor A/D transforma o sinal de entrada analógico em um formato digital para a CPU.
Isolador
Sua função é isolar o sinal de dados e de controle entre a entrada e a CPU.
CPU - Unidade Central de Processamento e PROM
A CPU é a parte inteligente do transmissor, sendo responsável pelo gerenciamento e operação de
todos os outros blocos: linearização, compensação de junta fria e comunicação. O programa é
armazenado na PROM assim como os dados de linearização para os sensores de temperatura. Para
armazenagem temporária de dados, a CPU tem uma RAM interna. Os dados na RAM são perdidos
se a alimentação for desligada. Entretanto, a CPU, também, tem uma EEPROM interna não volátil
onde os dados que devem ser mantidos são armazenados. Exemplos de dados são: dados de
calibração, configuração e identificação.
Saída
Controla a corrente na linha que alimenta o transmissor. Ela funciona como uma carga resistiva
variável, cujo valor é controlado pelo conversor D/A.
Modem
Modula um sinal de comunicação na linha de corrente. O "1" é representado por 1200 Hz e o "0" por
2200 Hz. Estes sinais são simétricos e não afetam o nível contínuo do sinal de 4 a 20 mA.
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
2.2
Fonte de Alimentação
Utiliza a linha de transmissão do sinal (sistema a 2 fios) para alimentar o circuito do transmissor. Este
necessita de no mínimo 3,9 mA para funcionar corretamente.
Controlador do Display
Recebe os dados da CPU informando que segmentos do Display de Cristal Líquido devem ser
ligados.
Sensores de Temperatura
O TT400 HART® SIS, como explicado anteriormente, aceita vários tipos de sensores. O TT400
HART® SIS é especialmente projetado para medir temperatura usando termopares ou
termorresistências (RTDs) .
Alguns conceitos básicos a respeito desses sensores são apresentados abaixo.
Termopares
Os termopares são os sensores mais largamente usados na medida de temperatura nas indústrias.
Os termopares consistem em dois fios de metal ou ligas diferentes unidas em um extremo, chamado
de junção de medida. A junção de medida deve ser colocada no ponto de medição. O outro extremo
do termopar é aberto e conectado ao transmissor de temperatura. Este ponto é chamado junção de
referência ou junta fria.
Para a maioria das aplicações, o efeito Seebeck é suficiente para explicar o funcionamento do
termopar.
Como o Termopar Trabalha
Quando uma diferença de temperatura ao longo de um fio de metal, surgirá um pequeno potencial
elétrico, peculiar a cada liga. Este fenômeno é chamado efeito Seebeck. Quando dois metais de
materiais diferentes são unidos em uma extremidade, deixando aberta a outra, uma diferença de
temperatura entre as duas extremidades resultará numa tensão desde que os potenciais gerados em
cada um dos materiais sejam desiguais e não se cancelem reciprocamente. Assim sendo, duas
coisas importantes podem ser observadas. Primeiro: a tensão gerada pelo termopar é proporcional
à diferença de temperatura entre a junção de medição e à junção de junta fria. Portanto, a
temperatura na junção de referência deve ser adicionada à temperatura da junta fria, para encontrar
a temperatura medida. Isto é chamado de compensação de junta fria, e é realizado automaticamente
pelo TT400 HART® SIS, que tem um sensor de temperatura no terminal do sensor para este
propósito. Segundo: fios de compensação ou extensão do termopar devem ser usados até os
terminais do transmissor, onde é medida a temperatura da junta de referência.
A milivoltagem gerada com relação à temperatura medida na junção está relacionada em tabelas
padrões de calibração para cada tipo de termopar, com a temperatura de referência 0 °C.
Os termopares padrões que são comercialmente usados, cujas tabelas estão armazenadas na
memória do TT400 HART® SIS, são os seguintes:
NBS (B, E, J, K, N, R, S e T)
DIN (L, U)
Termorresistências (RTDs)
Os sensores de temperatura resistivos, mais comumente conhecidos como RTDs são baseados no
princípio que a resistência do metal aumenta com o aumento de sua temperatura.
Os RTDs padronizados, cujas tabelas estão armazenadas na memória do TT400 HART® SIS, são
os seguintes:
JIS [1604-81] (Pt50 e Pt100)
IEC, DIN, JIS [1604-89] (Pt50, Pt100, Pt500 e Pt1000)
GE (Cu 10)
DIN (Ni 120)
Para uma correta medição de temperatura com o RTD, é necessário eliminar o efeito da resistência
dos fios de conexão do sensor com o circuito de medição. Em algumas aplicações industriais, estes
fios podem ter extensões de centenas de metros. Isto é particularmente importante em locais onde a
temperatura ambiente muda bastante.
Operação
2.3
O TT400 HART® SIS permite uma conexão a 2-fios que pode causar erros nas medidas, dependendo
do comprimento dos fios de conexão e da temperatura na qual eles estão expostos (veja Figura 2.2).
Em uma conexão a 2-fios, a tensão V2 é proporcional à soma das resistências do RTD e dos fios.
V2 = [RTD + 2 x R] x I
Figura 2.2 - Conexão a 2-Fios
Para evitar o efeito da resistência dos fios de conexão, é recomendado usar uma conexão a 3-fios
(veja Figura 2.3) ou uma conexão a 4-fios (veja Figura 2.4).
Em uma conexão tipo 3-fios, a corrente "I" não percorre o terminal 3 (3-fios) que é de alta impedância.
Desta forma, fazendo V2 - V1, anula-se o efeito da queda de tensão na resistência de linha entre os
terminais 2 e 3.
V2-V1 = [RTD + R] x I - R x I = RTD x I
Figura 2.3 - Conexão a 3-Fios
Em uma conexão a 4-fios, os terminais 2 e 3 tem alta impedância de entrada. Consequentemente,
nenhuma corrente flui através destes fios e não há queda de tensão.
A resistência dos outros dois fios não tem influência na medição, que é feita entre os terminais 2 e 3.
Consequentemente a tensão V2 é diretamente proporcional à resistência do RTD (V2 = RTD x I).
Figura 2.4 - Conexão a 4-Fios
Uma conexão diferencial é similar à conexão a 2-fios e fornece o mesmo problema (veja a Figura
2.5). A resistência dos outros dois fios serão medidas e não se cancelam, pois a linearização afeta-
os diferentemente.
TT400 HART® SIS - Manual de Instrução, Operação e Manutenção
2.4
Figura 2.5 - Conexão Diferencial
IMPORTANTE
O material, a bitola e o comprimento devem ser o mesmo para as conexões de 3 ou 4 fios.
Display
O Display digital é capaz de mostrar uma ou duas variáveis, selecionáveis pelo usuário. Quando duas
variáveis são escolhidas, o display as mostrará alternadamente com um intervalo de 3 segundos.
Os diferentes campos e os indicadores de estado são explicados na Figura 2.8.
Monitoração
Durante a operação normal, o TT400 HART® SIS está no modo monitoração. Neste modo, alterna-
se a indicação entre a primeira e a segunda variável. Veja Figura 2.6.
Figura 2.6 - Display Típico no Modo Monitoração
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